O Voando em Moçambique é um pequeno tributo à História da Aviação em Moçambique. Grande parte dos seus arquivos desapareceram ou foram destruídos e o que deles resta, permanecem porventura silenciosos nas estantes de muitos dos seus protagonistas. A História é feita por todos aqueles que nela participaram. É a esses que aqui lançamos o nosso apelo, para que nos deixem o seu contributo real, pois de certo possuirão um espólio importante, para que a História dessa Aviação se não perca nos tempos e com ela todos os seus “heróis”. As gerações futuras de certo lhes agradecerão. Muitos desses verdadeiros heróis, ilustres aventureiros desconhecidos, souberam desafiar os perigos de toda a ordem, transportando pessoas e bens de primeira necessidade ou evacuando doentes, em condições meteorológicas adversas, quais “gloriosos malucos das máquinas voadoras”. Há que incentivar todos aqueles que ainda possuam dados e documentos que possam contribuir para que essa História se faça e se não extinga com eles, que os publiquem, ou que os cedam a organizações que para isso estejam vocacionadas. A nossa gratidão a todos aqueles que ao longo dos tempos se atreveram e tiveram a coragem de escrever as suas “estórias” e memórias sobre a sua aviação. Só assim a História da Aviação em Moçambique se fará verdadeiramente, pois nenhum trabalho deste género é suficientemente exaustivo e completo. A todos esses ilustres personagens do nosso passado recente que contra tudo e todos lutaram para que essa história se fizesse, a nossa humilde e sincera homenagem.

A eles dedicamos estas linhas.

José Vilhena e Maria Luísa Hingá

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Quem tiver fotos e/ou documentos sobre a Aviação em Moçambique e os queira ver publicados neste blogue, pode contactar-me pelo e-mail:lhinga@gmail.com

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Por motivos alheios algumas das imagens não abrem no tamanho original. Nesse caso podem selecionar “abrir imagem num novo separador” ou “Guardar imagem como…”.

29/10/13

836 - Os Dakota DC-3, da DETA

Último Voo do “Velho” Dakota na DETA. Após trinta anos servindo os céus de Moçambique, o Dakota da DETA com a matrícula CR-ABK e baptizado de “Namúli”, nome da serra com 2419 metros acima do mar, bem no meio do verdejante distrito do Gurué, realizou o seu último voo a 21 de Janeiro de 1972, ligando Quelimane à Beira. O Namúli aterrou pelas 18:20 no aeroporto Sacadura Cabral, sem qualquer passageiro a bordo. O velho Dakota acabou assim quase despercebidamente de realizar o voo operacional destes aviões ao serviço da DETA, dando lugar aos mais modernos Fokker Friendship e Boeings, já ao serviço da empresa. Dado como pronto a 15 de Julho de 1943, o Namúli operou quase ininterruptamente durante cerca de 29 anos, contando à data com mais de 21 mil horas de voo. A sua última tripulação foi constituída pelo Comandante Campos, Copiloto Cró Braz, Mecânico Celestino e Assistente de Bordo Eduarda Gama. Estes aviões que tantas saudades deixaram aos tripulantes que os voaram, terminaram a sua carreira distintamente, sem terem tido qualquer acidente ao serviço da DETA.
Os primeiros três Dakotas da DETA - CR-ABJ, CR-ABK e CR-ABQ - em 1948, com as pinturas com que foram recebidos à época.
CR-ABJ “Libombos”
CR-ABJ “Libombos”
CR-ABJ “Libombos”
CR-ABK Namúli
CR-ABK Namúli
CR-ABK Namúli
CR-ABQ Lupata
CR-ABQ Lupata
CR-ABQ Lupata
 CR-ABQ (Espólio de Rui Monteiro)
CR-AGC Milange
CR-AGD Gorongoza
CR-AGD Gorongoza
CR-AGD Gorongoza
CR-AGD Gorongoza
CR-AGD Gorongoza
Foto de Fernando Neiva. Nampula - 1968
CR-AHB Mecula
CR-AHB Mecula

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