O Voando em Moçambique é um pequeno tributo à História da Aviação em Moçambique. Grande parte dos seus arquivos desapareceram ou foram destruídos e o que deles resta, permanecem porventura silenciosos nas estantes de muitos dos seus protagonistas. A História é feita por todos aqueles que nela participaram. É a esses que aqui lançamos o nosso apelo, para que nos deixem o seu contributo real, pois de certo possuirão um espólio importante, para que a História dessa Aviação se não perca nos tempos e com ela todos os seus “heróis”. As gerações futuras de certo lhes agradecerão. Muitos desses verdadeiros heróis, ilustres aventureiros desconhecidos, souberam desafiar os perigos de toda a ordem, transportando pessoas e bens de primeira necessidade ou evacuando doentes, em condições meteorológicas adversas, quais “gloriosos malucos das máquinas voadoras”. Há que incentivar todos aqueles que ainda possuam dados e documentos que possam contribuir para que essa História se faça e se não extinga com eles, que os publiquem, ou que os cedam a organizações que para isso estejam vocacionadas. A nossa gratidão a todos aqueles que ao longo dos tempos se atreveram e tiveram a coragem de escrever as suas “estórias” e memórias sobre a sua aviação. Só assim a História da Aviação em Moçambique se fará verdadeiramente, pois nenhum trabalho deste género é suficientemente exaustivo e completo. A todos esses ilustres personagens do nosso passado recente que contra tudo e todos lutaram para que essa história se fizesse, a nossa humilde e sincera homenagem.

A eles dedicamos estas linhas.

José Vilhena e Maria Luísa Hingá

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Quem tiver fotos e/ou documentos sobre a Aviação em Moçambique e os queira ver publicados neste blogue, pode contactar-me pelo e-mail:lhinga@gmail.com

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10/10/06

51-Companhias de Táxi Aéreo em Moçambique (anos 60-70)

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SETA – Sociedade Exploradora de Trabalhos Aéreos Lda.

Por escritura de 16 de Novembro de 1949, publicada no Boletim Oficial nº 8, 3ª série de 24 de Fevereiro de 1951, constitui-se na cidade da Beira com o capital de 600 mil escudos uma sociedade comercial, denominada

Sociedade Exploradora de Trabalhos Aéreos Lda. (SETA).
Esta sociedade tinha por finalidade efectuar levantamentos e transporte publico aéreo dentro dos limites do território da Província de Moçambique.
Actuou por força de uma autorização especial concedida pelo governador-geral, mediante parecer favorável do respectivo Conselho de Aeronáutica. Nessa autorização frisava-se contudo, que a SETA não poderia actuar em concorrência com a DETA.
A sua actividade exercia-se fundamentalmente no campo de serviços de táxi aéreo de passageiros e de transporte diário de peixe fresco do Inhassoro para a Beira e desta cidade para Nova Lusitânia (Búzi).

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SAB – Serviços Aéreos da Beira

Os Seviços Aéreos da Beira (SAB) foi uma companhia de táxis aéreos sedeada na cidade que lhe deu o nome, que começou as suas actividades com um voo diário da Beira para o Luabo, Chinde e Marromeu. Foram seus fundadores, Joaquim Alves e João Barreto, que eram proprietários do Hotel da ilha de Santa Carolina.

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TAM – Transportes Aéreos de Moçambique

Os Transportes Aéreos de Moçambique (TAM) foi inicialmente designado por Táxi Aéreo de Moçambique, sedeado na Beira e iniciando-se com um voo diário para o Búzi, Luabo e Panda. O seu fundador foi Jorge Cândido Guerra.

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TAZ – Transportes Aéreos da Zambézia

Sedeada em Quelimane, esta empresa de táxis aéreos operava praticamente para todo o território da Província de Moçambique. Mais tarde absorveu os Transportes Aéreos do Gurué.

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TAC – Transportes Aéreos Comerciais


Os Transportes Aéreos Comerciais (TAC) iniciaram a sua operação em Nampula em 1966. A maior parte das suas operações realizavam-se em conjunto com a TAM da Beira, sendo o seu principal accionista Rolando Mendes.

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CASS – Companhia Aérea do Sul do Save



A Companhia Aérea do Sul do Save (CASS), com base em Lourenço Marques operou a partir de 1964.







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SAM – Serviços Aéreos de Moçambique

O Serviços Aéreos de Moçambique (SAM), empresa criada pelo piloto Trancoso, operou a partir de Lourenço Marques, tendo criado posteriormente uma subsidiaria no norte de Moçambique, os Serviços Aéreos do Norte (SAN).

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Élio de Vasconcelos

Élio de Vasconcelos, piloto privado que possuía uma licença especial para transporte de peixe fresco do Inhassoro para a Beira.

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2 comentários:

BP disse...

Gostei de saber alguns pormenores que , desconhia sobra a actividade da avião civil , que acompanhei de perto, quando estive no Controlo de Tráfego Aéreo Militar em Moçambique de 1973 a 1975 .

Carlos disse...

Conheci os Srs. Leonel da Silva e Élio Vasconcelos. Voei com eles algumas vezes Inhassoro/ Beira/ Inhassoro, tanto no Tripacer como no Stinson.